TV online Azes Gospel

Watch from azesgospel at livestream.com

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A VISÃO DA AMENDOEIRA

http://atendanarocha.blogspot.com/2008/03/viso-da-amendoeira.html

"Ainda veio a mim a Palavra do Senhor, dizendo: Que é que vês Jeremias? E eu disse: Vejo uma amendoeira. E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha Palavra para a cumprir" Jeremias 1:11 e 12
.

Porque Deus mostrou uma amendoeira a Jeremias? Qual o significado da visão?

A amendoeira é considerada a "despertadora" no pensamento hebraico, visto que de todas as árvores ela é a que floresce mais cedo, muito atenta a oportunidade de florir. As amendoeiras também têm grande capacidade de regeneração não necessitando de podas. A cada ano elas morrem e renascem esplendidamente tornando-se completamente floridas.



Da mesma forma que a amendoeira se comporta, sendo atenta a capacidade de renascer, de florir, Deus se comporta para com o seu povo. Ele está atento, vigilante, de sentinela para no momento certo cumprir a sua Palavra. Ali onde parece não haver vida, tal qual a amendoeira
tudo volta a florir com mais beleza ainda.


Os Desertos Necessários



“Eu os tirei do Egito e os levei para o deserto” – Ezequiel 20.10
A palavra “deserto” vem do latim desertu e significa “lugar solitário” ou “de solidão”; lugar ermo. O povo de Israel enfrentou o deserto em sua caminhada à terra prometida. Curiosamente o deserto surge na vida dos israelitas após 400 anos de escravidão egípcia e tem a duração de 40 anos. O trajeto do Egito à Canaã, terra prometida por Deus aos filhos de Israel, levaria no máximo 40 dias para ser completado. Mas Israel levou 40 anos. Quem foi o responsável por tamanho equívoco? Moisés? Os seus auxiliares? A falta de um bom GPS?Primeiramente, não se tratou de um equívoco, mas de uma experiência criada propositalmente; e não teve nada a ver com falha humana, nem com ação maligna, mas com o próprio Deus. Centenas de anos após a vivência dessa experiência, Deus chama o profeta Ezequiel e revela:

“Você sabe quem estava por detrás daquele aparente equívoco que levou Israel para o deserto, depois de 400 anos de Egito? Eu mesmo. Fui eu quem levou Israel para o deserto. Eu estava vendo as abominações que eles estavam cometendo e precisava deixá-los cara-a-cara comigo, fazê-los passar debaixo do meu cajado (objeto que simboliza o cuidado e a orientação pastoral) e se sujeitarem à disciplina da aliança que foi estabelecida entre nós” (Paráfrase de Ezequiel 20).

Interessante é observar que o povo murmurou contra Moisés e o acusou de ser o responsável por toda aquela experiência desértica. Muitos se lembraram das cebolas do Egito, com forte expressão de saudade. Eles não conseguiam discernir, e não podiam discernir, porque eram carnais, que a experiência do deserto não tinha a ver com Moisés, mas com Deus. Sabemos que a geração que entrou em Canaã não foi a mesma que saiu do Egito, pois a geração que deixara o Egito morreu no deserto em virtude de terem murmurado contra o Deus Eterno.

Quando enfrentamos momentos difíceis, é comum perguntarmos por que os estamos experimentando; queremos encontrar uma razão, algo que explique o que estamos passando. Contudo, quando lemos o capítulo 20 do livro do profeta Ezequiel e vemos a experiência de Israel no deserto, provocada pelo próprio Deus, discernimos que muitos momentos de provação nos são permitidos, não para o nosso sofrimento, mas para o nosso crescimento. É que chamamos de “desertos necessários”. É um paradoxo. Mas nenhum de nós amadurece emocional ou espiritualmente se tudo vai bem.
Precisamos passar por momentos conflitantes para nos desenvolver como pessoas. Isso acontece desde o parto, essa experiência estranhamente dolorosa que nos tira do anonimato aconchegante do útero e nos expulsa para uma realidade estranha. Choramos. Não por causa das palmadas do médico, nem por causa da dor da primeira respiração, comparada à inalação de ácido sulfúrico. Choramos por termos perdido o lugar que nos conferia segurança e comodidade. Mas, não fosse essa dolorosa experiência, não haveria nascimento, nem crescimento, nem desenvolvimento. Apenas morte.
Deus viu que o povo precisava amadurecer antes de adentrar a terra prometida; com efeito, Israel também precisava se livrar dos vícios adquiridos em 400 anos de escravidão. Se eles tivessem saído do Egito e entrado em Canaã, um mês e meio depois, eles teriam estragado Canaã. Do mesmo modo, nós. Se Deus nos abençoar no exato momento em que suplicamos, é certo que não saberemos aproveitá-las e desfrutá-las adequadamente. A imaturidade estraga as bênçãos de Deus.
Se você está passando por um momento difícil em sua vida, não murmure, nem acuse; apenas ore e agradeça a Deus pela grande oportunidade que Ele está lhe concedendo de crescer um pouco mais. Veja cada luta ou provação como um deserto necessário em sua vida. Ao invés de perguntar “por quê?”, pergunte “para quê?”. Pois há sempre um propósito divino por detrás de cada sofrimento. Certa vez, Pedro disse a Jesus: “Mestre, eu não entendo o que o Senhor está fazendo?”. Jesus lhe respondeu: “O que você não compreende hoje, compreenderá amanhã” (João 13.6,7).
Talvez você não consiga compreender as coisas que estão lhe acontecendo hoje; mas, descanse em Deus. O deserto vai passar e, se você o encarou com a humildade de quem conhece e confia em Deus, vai perceber o quanto o deserto foi necessário à sua vida.“Senhor, ajuda-nos a ver cada problema como uma oportunidade de crescimento e amadurecimento. Livra-nos da murmuração que nos torna amargos e mata a nossa esperança, e nos faz acreditar mais no poder do teu amor, do que no poder destrutivo das circunstâncias. Por Jesus, nosso Senhor e Salvador. Amém”.

Autor: Rev. Irailton Melo de Souza

Nenhum comentário:

Postar um comentário

registre aqui seu comentário