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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Páscoa é Vida! sentido pastoral, agrícola e teológico

Páscoa é Vida!
Páscoa – sentido pastoral, agrícola e teológico

Azes Gospel Motogrupo – SP (reunião semanal – 05 de abril de 2012)

Por Pra. Dináura de Castro Assunção


Refleti sobre os ovos de chocolate lembrados por ocasião da Páscoa como é agora esta semana.

E, como estas gostosuras tiram a atenção de todos por tão saborosos que são... e, todo o povo fica correndo atrás das compras de ovos e bombons de chocolate dos mais variados tipos para a troca de presentes no dia de domingo de Páscoa.

Leituras: Êxodo capítulos 11 e 12 e 1 Coríntios 11: 23 a 34

O motivo real desta troca de presentes nada tem a haver com a verdadeira comemoração da Páscoa. A verdadeira comemoração nos remete a uma festa judaica:

A Festa da Páscoa (Pêssach), que celebra a colheita da cevada na primavera.

A Festa da Páscoa tem seu fundamento nos escritos da Torah ( livro sagrado dos judeus que correspondem aos 05 primeiros livros do Velho Testamento na Bíblia Cristã).

A autoria dos escritos do Torah é atribuída, segundo a tradição, a Moisés, considerado o grande libertador e legislador do povo de Israel.

A mesma tinha, num período mais antigo, um sentido pastoral e agrícola, antes de imbuir-se de um aprofundamento de significado teológico na tradição de Moisés.

A estrutura da Páscoa tinha, na origem, um sabor tipicamente pastoral:
migração para novas pastagens na lua cheia da primavera, vestimentas
para a viagem (roupas no corpo e bastão), alimentos de ocasião (ervas
amargas e pães cozidos sobre chapas de pedra), sacrifício para a
fecundidade do rebanho (cordeiro não despedaçado para que,
idealmente, retornasse ao rebanho), sangue propiciatório contra as
ciladas da viagem.

Nos escritos da Torah, todavia, a festa se reveste de um sentido teológico, narra-se ali que o povo de Israel estava sendo escravizado no Egito por mãos de Faraó, e que Deus ( Iahweh ) enviou Moises para, através de sinais espetaculares, ordenar a faraó que deixasse os israelitas saírem do Egito para servirem seu Deus na terra de Canaã, terra que emanava leite e mel, onde os judeus, livres de seus opressores, os egípcios, pudessem ter uma vida tranqüila para praticar sua religião monoteísta.

Esse evento marcou um novo significado para a celebração da Páscoa Judaica, pois uma festa que, anteriormente tinha um cunho pastoral e agrícola, agora se revestia de um significado litúrgico religioso, de uma festa voltada à celebração de eventos do ciclo de fertilidade da terra, passava-se a um evento de libertação histórica de um povo em relação a seus opressores, os egípcios:

Com a inserção da Páscoa no contexto do Êxodo tudo se transformou.

O relato das capítulos11 e 12 (do Êxodo) combina intencionalmente dois
temas independentes, a décima praga e a Páscoa. Tal união mudou o
sentido dos velhos ritos dessa festa de pastores, tornando-os históricos.

O termo Pesah, considerado uma palavra egípcia por Couroyer, isto é
“golpe”, é agora interpretado como “Iahweh que salta, ultrapassa, poupa
protege” as casas dos israelitas marcados com o sangue da vítima pascal.

O costume dos pastores torna-se o dos viajantes prontos para a
caminhada. Os pães sem levedo, sinal da pressa da partida, e, segundo
Deuteronômio, sinal “da miséria”, isto é, da escravidão; enquanto que as
ervas amargas são explicadas pelo rabi Gamaliel com “a vida amarga que
os egípcios nos fizeram levar”.

De acordo com a tradição religiosa, a prática da celebração de Pessach remonta a esse evento de libertação, ocorrido há cerca de três mil e trezentos anos atrás, aproximadamente, ocasião em que, de acordo com a Torah, o Deus de Israel enviou as dez pragas sobre o povo do Egito, a fim de forçar os egípios a libertarem o povo de Israel da escravidão.

Antes da décima praga, o profeta Moisés foi divinamente instruído a pedir para que cada família hebréia sacrificasse um cordeiro e molhasse os umbrais das portas de suas casas para que seus filhos primogênitos não fossem acometidos de morte.

Ao cair da noite, os judeus comeram a carne do cordeiro acompanhada de pães asmos e ervas amargas. Os escritos sagrados narram que à meia-noite, um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogenitos egípcios, desde os dos animais até os primogênitos da casa de Faraó.

Então Faraó, temendo ainda mais a ira Divina, aceitou libertar o povo de Israel para que o mesmo cultuasse a seu Deus (Iahweh) no deserto, o que ocorreu, dando-se assim inicio ao êxodo do povo para a terra de Canaã.

Esse relato encontra-se no livro de Êxodo, segundo livro contido na Torah e da sua Bíblia também.

A palavra Pessach, significa “passar por cima”, no sentido de “poupar”. Essa expressão refere-se a narração no livro de Êxodo de que ao ser passado o sangue do sacrifício do cordeiro na verga da porta da residência dos judeus, a vida dos seus primogênitos foi poupada da morte naquela noite, o que não ocorreu com os primogênitos dos egípcios, que morreram.

Assim é descrito a ordenança no livro
sagrado:

Tomai um molho de hissopo, molhai-o no sangue que estiver na bacia e
marcai a verga da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na
bacia; nenhum de vós saia da porta da sua casa até pela manhã. Porque
o SENHOR passará para ferir os egípcios; quando vir, porém, o sangue
na verga da porta e em ambas as ombreiras, passará o SENHOR aquela
porta e não permitirá ao Destruidor que entre em vossas casas, para vos
ferir.

Nos dias de hoje, os judeus guardam esta celebração pascal, porém sem o
sacrifício do cordeiro, tradição que era mantida durante as festividades judaicas no templo em Jerusalém até quando o mesmo foi destruído pelos romanos em 70 dC.

Iniciou-se então a transformação de Pêssach em uma noite de lembranças, sem o sacríficio pascal.

Guarda-se a tradição dessa festa como um memorial entre as gerações a fim de se preservar a religiosidade e de se perpetuar o significado maior da festa: a liberdade.

Décima praga: A morte dos primogênitos
Alí Deus derrotou a faraó, pois ele era considerado a encarnação de Osíris, o doador da vida e também a Ísis, deusa da vida. Nem Faraó, nem Ísis e nem Osíris puderam trazer os primogênitos de volta a vida.

Deus é Senhor sobre tudo e todos.

Assim, Deus mostrou que Ele é o GRANDE EU SOU, aquele povo pôde ver que seus deuses eram completamente inúteis e que só há um Deus sobre toda a terra.
Assim diz o Senhor: "Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória pois a outrem não darei..." Isaías 42.8



A Páscoa é também lembrada por Cristãos lá pelo tempo em que Jesus Cristo esteve conosco e morreu na cruz e, logo ao terceiro dia ressuscitou dentre os mortos para que com seu precioso sangue nos desse o passaporte da vida eterna. O nosso Senhor Jesus Cristo nos leva de volta para a casa do pai através do seu sacrifício vivo de morte de cruz e ressurreição!
Aleluia!

Mas, e os cristãos? Saboreiam ovos de Páscoa e chocolates durante esta semana?

Vamos ao significado da Páscoa e a importância do evento para
nós, os cristãos:

Lemos agora há pouco que a Páscoa é uma festa judaica que se refere ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento:
Quando aconteceu esta Décima Praga, o anjo da morte “passou por cima” das casas dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os primogênitos. Depois disso, os israelitas saíram do Egito, livres da escravidão de 400 anos e o dia foi instituído como festa da “páscoa” por Moisés.

A festa, tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, quando sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem fermento.

Jesus Cristo foi traído, preso e morto durante a celebração em Jerusalém, tendo sua morte ocorrida numa sexta, e sua ressurreição num domingo como Ele mesmo disse em Mateus 20:17-19
“E, subindo Jesus a Jerusalém, chamou de parte os seus doze discípulos, e no caminho disse-lhes: Eis que vamos para Jerusalém, e o Filho do homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes, e aos escribas, e condená-lo-ão à morte.E o entregarão aos gentios para que dele escarneçam, e o açoitem e crucifiquem, e ao terceiro dia ressuscitará.

Na quinta-feira, Jesus determinou aos seus discípulos que comessem pão e tomassem vinho em memória dele. “Estes elementos simbolizavam seu corpo e seu sangue que seriam dados pelos pecados de muitos – uma referência antecipada à sua morte na cruz”.

Páscoa é uma festa judaica...

Hoje, nesta época, lembramos o sacrifício de Jesus, e comemos pão e tomamos vinho em memória Dele...
“E isto não deve ser feito somente nesta época do ano, mas durante o ano todo” e é por isso que pelo menos uma vez ao mês todos os Cristãos devemos participar da Santa Ceia do Senhor.

Esta ordenança está em 1Coríntios 11: 23-34.
Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão;
E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.
Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.
Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor.
Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice.
Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor.
Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem.
Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados.
condenados com o mundo.
Portanto, meus irmãos, quando vos ajuntais para comer, esperai uns pelos outros.
Mas, se algum tiver fome, coma em casa, para que não vos ajunteis para condenação.
Quanto às demais coisas, ordená-las-ei quando for.

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A simbologia dos coelhos e ovos e outros apetrechos populares que foram acrescentados ao evento, nada têm a ver com o significado real da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos cristãos de tempo em tempo.

Agora, mesmo sendo cristãos e sabendo do real significado, fica a critério da consciência de cada um comprar ou comer ovos de chocolates e bombons: se rejeitamos pelo comércio que aplaude esta compra ou se cremos nas superstições vindas do mundo pagão... ou ainda se compramos e presenteamos normalmente tendo este costume como parte da cultura brasileira ou mesmo se aproveitamos estas delícias para nos reunirmos em família para ensinarmos as crianças e aos mais jovens do verdadeiro sentido da história da Páscoa comemorada pelos Judeus e por nós, Cristãos.

Amados, aproveitei o momento da Páscoa para relatar aqui fleches do êxodo do povo hebreu que comandado por Moisés chegou em Canaã, a terra prometida - e, depois, Jesus Cristo, que como sacrifício vivo entregou-se para a morte de cruz e ressureição para que hoje você e eu estivéssemos salvos com o passaporte da vida eterna.

A Páscoa para nós Cristãos é participar da Santa Ceia do Senhor sempre até que Ele volte como Ele mesmo prometeu e ordenou... faça conforme 1 Coríntios 11 e, sinta-se fortalecido e ressurreto com Ele porque Ele Vive!!!

Páscoa para nós Cristãos é Vida e Liberdade!

Paz e bem, amados e que nesta Páscoa você sinta-se livre das opressões que Satanás tem colocado sobre a sua vida e que em Jesus Cristo você receba a liberdade desta vida e da jornada vindoura na qual seremos todos os Cristãos participantes - viveremos eternamente com Cristo.
Amém.
Pra. Dináura de Castro Assunção / Azes Gospel Motogrupo - SP

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